1. Minho — DOC Vinho Verde

O Vinho Verde é único no mundo. É exclusivamente produzido na Região Demarcada dos Vinhos Verdes em Portugal e a sua demarcação remonta a 1908. É uma das regiões mais características de Portugal, zona de paisagens verdes com temperaturas frescas e chuvas abundantes, por influência do clima atlântico. Esta região é a maior denominação de Portugal: situada no noroeste continental, é delimitada pelo oceano atlântico e pelos rios Minho e Vouga. Os solos são essencialmente graníticos e homogéneos, férteis, de acidez elevada, regados por inúmeros rios e ribeiros de água fresca. É desta mistura e das características particulares das castas autóctones data região que nasce este vinho de flagrante tipicidade e originalidade. As castas brancas dominantes são o Alvarinho, Arinto (ou Pedernã), Avesso, Azal, Loureiro e Trajadura, e para rosados, o Espadeiro. O Vinho Verde é um vinho naturalmente leve e fresco, vibrante, elegante e leve, acidulados e ligeiramente pettilant, aromático, com notas frutadas e florais. Devem ser consumidos frescos e enquanto jovens.

2. Douro

O Douro é a mais antiga Região Demarcada do mundo. Situada no nordeste de Portugal, na bacia hidrográfica do Douro, está rodeada pelas serras do Marão e de Montemuro que lhe dão características mesológicas e climáticas particulares. Devido ao cultivo intensivo de vinha, a região apresenta uma paisagem muito característica, com os conhecidos socalcos talhados nas encostas dos vales que aconchegam o rio Douro e os seus afluentes. Os solos são essencialmente de xisto e, em algumas zonas, são também graníticos, o que os torna especialmente difíceis de trabalhar. São solos benéficos para a longevidade das vinhas e que permitem mostos concentrados de açúcar e cor. As castas mais cultivadas são a Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinto Cão e Tinta Roriz.  A Região Vinhateira do Alto Douro está classificada como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, desde 2001.

3. Bairrada

Esta região vinícola situa-se na Beira Litoral, região plana que se desenvolve numa faixa litoral marítima entre Águeda e Coimbra. O clima é suave, temperado pela proximidade do Oceano Atlâtico, e com chuvas abundantes. Os solos dividem-se em dois tipos que originam vinhos diversificados: os argilosos ou barrentos, que deram origem ao nome Bairrada, e os solos arenosos. Nesta região coexistem duas filosofias distintas: os vinhos de estilo clássico, vinhos tintos da casta Baga, e os novos vinhos bairradinos, resultado de uma multiplicidade de castas de origem nacional, como a Alfrocheiro, Tinta Pinheira e Touriga Nacional, e internacional, como a Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir e Syrah. Os vinhos tintos da Bairrada são geralmente carregados de cor e muito ricos em taninos, que lhes dão elevada longevidade.

4. Tejo

A região do Tejo estende-se ao longo do vale do rio Tejo, numa extensa planície de aluvião (cheias) que condiciona as actividades agrícolas desenvolvidas neste território. O clima é moderado, de forte influência mediterrânica. Os solos da região dividem-se em três tipos distintos: os solos de aluvião, a zona do campo, lezíria ou borda-d’água, a mais próxima do rio e, por isso, a mais fértil; os solos de areia, a sudeste do campo, a charneca, zona pouco povoada, com solos arenosos pobres e clima quente e rigoroso, onde nascem muitos dos vinhos mais reputados da região; e os solos xistosos, na região a Norte do rio Tejo, a zona do bairro, com encostas mais árduos e solos argilo-calcários. As castas utilizadas na região são de origem nacional e internacional: às tradicionais castas brancas, Arinto, Fernão Pires, Tália, Trincadeira das Pratas e Vital, juntam-se o Chardonnay e Sauvignon Blanc; nas tintas, às Castelão e Trincadeira, adicionam-se o Aragonez, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Merlot. Assim, esta região apresenta vinhos muito variados, desde os mais delicados, passando pelos mais robustos e macios, e terminando nos mais aromáticos e com maior personalidade.

5. Alentejo

Esta região vinícola situa-se, tal como o nome indica, na região alentejana, que se estende por quase um terço de Portugal. A paisagem é suave e plana, e o clima é mediterrânico, e por isso quente e seco. Os solos variam entre o xisto, a argila, o mármore, o granito e o calcário, numa diversidade incomum. O Alentejo encontra-se dividido em oito sub-regiões, Borba, Évora, Granja-Amareleja, Moura, Portalegre, Redondo, Reguengos e Vidigueira, agrupadas em três grupos distintos, cada uma delas produzindo vinhos com características distintas graças às diferenças entre os seus terroirs. Nas castas desta região, destacam-se nas variedades brancas o Antão Vaz, Arinto e Roupeiro, Diagalves, Manteúdo, Perrum e Rabo de Ovelha; nas tintas o Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Aragonez, Castelão, Trincadeira, Moreto, Tinta Caiada e Tinta Grossa. Os vinhos mais famosos são os tintos encorpados, frutados, de taninos redondos. São vinhos robustos, de cor intensa e aromáticos. Os seus brancos são citrinos, distintos e agradáveis ao paladar.

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